A moda é um mercado extremamente sensível. Não só pelo fato de mexer com o emocional das pessoas por meio de desfiles e coleções que ficam marcados na memória, mas também pelo fato de que, diante de qualquer crise, é o primeiro setor a sentir o impacto e na maior intensidade.
A crise gerada pela pandemia de COVID-19 fez com que a moda ao redor de todo o mundo fosse repensada. Mais que tentar entender qual roupa as pessoas vão querer usar durante a quarentena, o mercado olha melhor para o comportamento do consumidor e repensa todo o calendário de produção, apresentação e vida do produto de moda.
Pensando nisso, a ABEST (Associação Brasileira dos Estilistas), que representa mais de 120 marcas brasileiras, se reuniu com sete dos principais showrooms do Brasil para pensar e redesenhar um calendário para a moda nacional.
Uma das maiores questões, que era prejudicial tanto para as marcas quanto para os consumidores, era o fato das roupas estarem sendo liquidadas no auge das coleções, bem no momento em que os produtos deveriam estar sendo vendidos pelo preço cheio.
Além disso, esse modelo de renovação desenfreada não educa o consumidor sobre o valor e a qualidade do trabalho de cada marca e, muito menos, sobre o impacto do consumo desenfreado e sem propósito que estávamos vivendo.
Pensando nisso, a ABEST, os sete principais showrooms e feiras do país, com o apoio do SPFW, FFW e InMod, estabeleceu um novo calendário para a moda.
Em 2020, as vendas vão acontecer nas seguintes datas:
Atacado
Verão: a partir da segunda quinzena de junho até do dia 10 de julho
Inverno: segunda quinzena de novembro
Varejo:
Liquidação inverno: agosto de 2020.
Liquidação verão: fevereiro de 2021.
A partir de 2021 as vendas para o atacado são:
Verão em maio.
Inverno em novembro.
As liquidações de varejo continuam sendo fevereiro e agosto.