Individual e singular, o processo criativo muitas vezes é tratado como um sistema subjetivo de criação e que, apenas os “iluminados com o dom da criação” são capazes de ter ou desenvolver tal processo. Criatividade não é uma característica, necessariamente, inata. Da mesma maneira que a estabelecer um método para criar é uma realidade para qualquer um.
Mais do que criar uma peça de roupa digna de emocionar em um desfile ou uma obra de arte que entre para um museu renomado, criar é, em sua essencial, ter a capacidade de inovar na hora de solucionar um problema. O estímulo à criatividade, nada mais é que um impulsionamento a um processo que tem como “simples” objetivo solucionar uma questão. Assim, um problema organizacional, por exemplo, que parece não ser necessário um pensamento mais abstrato para ser resolvido, precisa, sim, de uma injeção de criatividade.
Considerada competência número 1 para do século, a criatividade é a capacidade de realizar algo original, partindo de um objetivo e buscando solucionar algum problema.
O estímulo a ela vem, principalmente, do despertar da curiosidade de um indivíduo para agir de maneira resolutiva. Esse gatilho é o início de um movimento. O segundo passo é a estruturação de um método e, posteriormente, as ações para, então, solucionar. Tudo isso, junto, mesmo que sem ser percebido, vai resultar em um processo criativo.
De alguma maneira e em algum momento, três principais ações vão acontecer durante o processo:
A Teoria do cérebro trino foi apresentada em 1990 por Paul MacLean, no seu livro “The Triune Brain in evolution: Role in paleocerebral functions”. Nele, o neurocientista discute o fato de que humanos têm o cérebro dividido em três partes: reptiliano, mamífero inferior e racional. Dos répteis, herdamos o chamado “cérebro instintivo” que, entre todas as funções pelas quais é responsável, nos faz ter atenção a diversas coisas. Com isso, estamos sempre alerta e prontos para identificar de um problema ou uma oportunidade.
Fugir de onde você está preso ou pelo lugar do cérebro onde está sempre rondando faz parte de um processo criativo eficaz. O pensamento “fora da caixa” faz com que nosso cérebro crie novas associações, o que gera pensamentos, imagens, esculturas, músicas, enfim, toda uma nova produção criativa.
Na física, movimento é a variação de posição espacial de um objeto ou ponto material em relação a um referencial no decorrer do tempo. Tendo como referência o cérebro, seria como explorar a imaginação e gerar ideias novas e frescas.
A combinação de Atenção, Fuga e Movimento, cria um contexto que, ter um planejamento das atividades necessárias para a inovação é um esforço voluntário e que reflete diretamente no resultado do processo criativo.