A responsabilidade no mundo da moda é um tema recorrente em encontros mundiais, pesquisas de tendências, blogs e em tudo aquilo que envolve produção de conteúdo acerca desse mercado que, ao mesmo tempo que é um dos que mais emprega, é um dos que mais polui. Uma moda consciente tem, cada vez mais, ganhando forma e proposto novas maneiras de pensar e produzir. Encabeçando essas mudanças, temos o slowfashion, movimento que em alta que visa produzir roupa de maneira sócio e ambientalmente sustentável.
O consumo acelerado e a cadeira trabalhista que alimenta tal forma desenfreada e desnecessária de produção, nos últimos anos, se depararam com novas maneiras de pensar e movimentos que mexeram estruturalmente com tudo aquilo que tem sido produzido em larga escala. Na moda, o slowfashion veio para mostrar que é possível, sim, fazer e tornar a moda justa, com respeito a condições de trabalho de quem está envolvido na confecção de uma roupa, desde o plantio de uma fibra natural, até a entrega da peça para o consumidor que, mais que comprar, apoia e legitima essa prática.
Na prática, o objetivo final é o consumo consciente e o respeito por tudo e todos que estão diretamente envolvidos na confecção de uma unidade ou de toda uma coleção.
Peças atemporais são características de marcas que optam por fazer coleções que levam mais em conta o respeito ao processo do que desenvolver a peça de maneira mais rápida, a fim de atender o aviso mercado de moda, que, a cada mês muda o que é mais hot para o momento.
A atenção aos detalhes faz com que cada peça leve um tempo maior para ser desenvolvida. Apenas assim, de maneira slow, é possível respeitar o processo de quem desenha, modela, costura, pilota, dá acabamento, ou participa de tantas outras etapas necessárias para o desenvolvimento de um produto de qualidade e não nocivo à sociedade nem ao meio ambiente. É pensar hoje no nosso futuro, para que ainda exista um amanhã.